A oposição e até mesmo um senador da base governista criticaram nesta sexta, 28, o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi ao ar na noite de quinta-feira, em rede nacional de rádio e TV. O inventário otimista das ações do governo e a menção de Lula ao processo "truncado" de avanço na saúde por causa do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) serviram de munição aos adversários. Embora a estocada na oposição tenha sido leve, tanto tucanos como integrantes do DEM reagiram em decibéis elevados. "Lula deveria fazer uma discussão séria e honesta sobre o gasto público, o Orçamento e os investimentos, mas isso nunca ocorreu nos cinco anos do governo dele", protestou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). "Basta ver a tramitação do Orçamento no Congresso, que é um escândalo."Para Guerra, Lula "passou a impressão de que não sabe perder" na mensagem de fim de ano. Irônico, o tucano afirmou que, em vez de balanços cor-de-rosa, o presidente deveria se debruçar sobre as despesas, para reduzi-las o quanto antes.Senador da base de apoio do governo, Romeu Tuma (PTB-SP) disse que, ao assistir ao pronunciamento, confirmou ter agido corretamente quando votou contra o governo. Tuma foi um dos seis aliados que desobedeceram a recomendação do Planalto e rejeitaram a prorrogação da CPMF."O presidente foi réu confesso", provocou o senador. "Ele disse que o dinheiro do imposto do cheque seria usado para a assistência médica das crianças. E o que foi feito com a CPMF nesses anos todos, se o governo admitiu que não fazia o que já deveria ter feito? Fiquei chocado."
sábado, 29 de dezembro de 2007
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