PAC: os prós e os contras

O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado com muita pompa e circunstância pelo prefeito Orlando Peixoto (PT), é mais um típico exemplo em que o governo só promete fazer. Ao Paço Municipal coube apenas a parte mais fácil: Promover a festa e alardear o otimismo. Todo o resto ficou com a EMBASA. O PAC de Cruz das Almas assegura à maior e mais importante obra de saneamento básico do Recôncavo, pleito antigo. A obra está orçada em R$ 32 milhões. No fim do ano passado, coincidentemente, no período eleitoral as obras começaram. Motivação de discursos eleitorais e promessas de desenvolvimento socioeconômico, de maneira especial nas áreas de geração de empregos e renda, e, melhorias na qualidade de vida do nosso povo. Nos próximos dias as obras estarão aniversariando. Fazendo um balanço, visual, por conta da ausência da democratização da obra, nos referimos aos relatórios, fruto das críticas por parte da população, e, sobretudo dos transtornos causados, observamos falhas na execução deste importante empreendimento. A construção das redes de esgotos em nossa cidade avança, entretanto sem nenhum critério. O primeiro ponto a ser relatado é a ausência da ampliação e das melhorias no nosso precário sistema de abastecimento de água. Segundo ponto, antes mesmo de tapar os buracos, outras ruas já estão sendo esburacadas causando uma série de problemas. Chama atenção também à morosidade dos serviços que demoram em alguns pontos da cidade, até 30 dias para ser concluída, pior, depois das obras de escavações e colocação da tubulação, a pavimentação afunda antes mesmo das ruas serem liberadas. Existem casos em que a pavimentação com paralelepípedos está totalmente comprometida por conta das obras do PAC. Sem falar no período chuvoso, a lama e na estiagem, a poeira, os buracos e as interdições das ruas já se tornaram rotina onde o PAC passa. A população aplaude, de um modo geral, a chegada do saneamento básico, mas lamentam e condenam que após uma espera de vários anos não estejam a fazer a coisas como deveriam ser feitas. A falta de critérios chega ao absurdo que ruas recém-pavimentadas pela prefeitura municipal recebem as obras antes mesmo de serem inauguradas, por exemplo o Bairro Dona Rosa. “Nossa rua está um caos, as obras de pavimentação não completou 1 ano e nem deu tempo de nos alegrar que já estamos passando por outros transtornos com as obras de saneamento”, queixa-se um chefe de família indignado. Outro fator que nos chama atenção é o contingente diminuído de trabalhadores cruzalmenses nas obras. Existe muita gente de fora da cidade trabalhando e a promessa foi de trabalho para nosso povo. Espera-se que as autoridades, leia-se executivo, legislativo e judiciário, possam entrar nesta briga com o propósito de minimizar a problemática que as obras do PAC têm trazido para a cidade. E, em breve, a sociedade cruzalmense possa efetivamente usufruir deste importante serviço, o saneamento básico.