O Partido Verde baiano, antigo companheiro de Jaques Wagner e do petismo, acaba de decidir por abandonar o governo da Bahia, do mesmo modo como fizeram na esfera nacional. Consequências da candidatura própria a Presidência da República encabeçada por uma mulher que vem do norte, dos seringais do Acre e responde pelo nome de Marina da Silva, que vem surpreendendo pela capacidade aglutinativa. Movimentos que desencadearam uma chapa majoritária para 2010 aqui na Bahia, com o ex-companheiro petista, hoje verde, Bassuma para Governador, e, o atual Deputado Federal pelo PV, Edson Duarte para Senador, fator determinante para ruptura. Os verdes, como são conhecidos, estavam, há tempos, pensando em abandonar o barco (governo Jaques Wagner), conforme argumentação, se tornou extremamente utópico e fisiologista com o poder. Um dia PT, PV e outros... Pensaram em um projeto político para Bahia, sobretudo, no tocante as convicções de uma política capaz de transformar a vida das pessoas e assim foram às ruas no enfrentamento com as forças e oligarquias que predominavam na época. Com muito suor e até sangue conseguiram êxito. Entretanto ao chegar ao Palácio de Ondina os verdes e alguns outros poucos que ainda acreditam na política como ferramenta de transformação social, e, não se permitiram contaminar pelos devaneios loucos do poder, pelo contrário, estupefatos, assistiram um governo petista - como dizia o poeta – “Eu vejo o futuro repetir o passado”, governo, capaz de tudo pelo poder, frustrar os sonhos. Diante da utopia, não restou alternativa que não fosse o recomeço da batalha pelos ídeais, ou melhor, por aquilo que outrora fora combatido. Jaques Wagner perde militância e musculatura, as oposições ganham alternativas. Viva a democracia!
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