quinta-feira, 12 de junho de 2008

Como surgiu o casamento do CEAT

No final da década de 70, no colégio ESTADUAL ALBERTO TÔRRES foi desenvolvido um projeto pedagógico intitulado São João na roça. Esse projeto visava despertar no alunado o interesse pela cultura popular e constituía na escolha de tarefas relacionadas com o São João por turma de alunos, que depois de apresentadas foram avaliadas para notas mensais. As tarefas escolhidas pelos alunos foram: Comidas típicas, quadrilhas, dança de rodas e casamento na roça. Depois das apresentações, o Casamento na roça foi o que mais se destacou pelo seu desempenho e criatividade. O uso de licor, queimas de espadas e outros fogos de artifícios no recinto do CEAT, eram naquela época proibido, porque feriam o regimento interno do estabelecimento. Por isso todos os anos os alunos insistiam nessa prática, mesmo sendo contrárias ao regimento interno do CEAT sempre contornado pela direção. Surgindo assim uma idéia para a solução do problema pleiteada pelos alunos, como Sérgio Lopes, seu irmão Valtinho e outros, para que o Casamento fosse a partir dali, realizado na Praça Senador Themistocles. Acatada pela direção da época constituída por Eleacy Leal, diretora e os vices diretores, Antonio Batista, Maria Antonia e Edelsuita Sampaio que fizeram uma exigência, para que a arrumação do Casamento fosse sempre no recinto do CEAT. Assim surgindo o CASAMENTO, que virou tradição. Daí em diante o Casamento sempre foi arrumado em uma das salas do colégio, onde um aluno se transvertia de noiva e uma aluna de noivo; o padre era sempre um aluno; todos vestidos a rigor, saindo do CEAT, conduzido por uma carroça enfeitada, passando pela rua da estação até a praça dos artífices em direção a rua do hospital, Suerdieck, Rua Crisógno Fernandes, daí até o coreto na Praça Senador Themístocles, onde acontecia a cerimônia do Casamento em grande estilo, depois a festa se transformava numa grande batalha de espadas, consequentemente dando ínicio ao São João de Cruz das Almas. Portanto o Casamento do CEAT é uma tradição criada pelos alunos daquela casa de ensino há mais de vinte anos, que também contou na época, com o entusiasmo de pessoas como o Capitão Antonio Leite e outras figuras que participavam do evento. Como Vice-diretor do CEAT da época, posso afirmar que o Casamento do CEAT é um evento merecedor de todo o apoio e respeito pelo que ele representa de mais viva tradição do São João em Cruz das Almas, embora alguns sejam contrários, o que devemos respeitar por se tratar de sentimentos e opiniões. Mas considerando do ângulo estético, temos que convir, com algo digno de ver essa arrojada acrobacia faiscante das espadas no Casamento do CEAT, que serve de anfiteatro ao povo e aos visitantes notadamente marcando o inicio do São João de Cruz das Almas.

Autor: Antonio Batista
Eng° Agrônomo
Professor de História
Doutor-Honoris Causas
Pela UNI AMERICAN
Unidade Corporativa das América
Pós graduando em Gestão Ambiental
E ex-diretor do colégio Estadual Alberto Tôrres

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