Na penúltima eleição (2006), ao menos pra mim, foi uma surpresa o candidato tucano, Geraldo Alckmin (PSDB), chegar ao segundo turno com Lula (PT). Naquele momento, apesar de todos os desgastes (mensalão...), Lula e o petismo estavam muito bem na opinião pública. Retrato disso foi à vitória de Jaques Wagner aqui na Bahia ainda no primeiro turno com 52,89% contra 43,03% do candidato carlista, Paulo Souto. No segundo turno o resultado não foi outro, Lula consagrou-se presidente reeleito do Brasil e obteve mais de 58 milhões de votos. Já na atual situação a coisa está afunilando, o candidato não é mais a grande liderança popular Luiz Inácio Lula da Silva, agora o partido também será avaliado e haja problemas. A história agora é sucessão e o nome da preferência do presidente Lula, que o partido teve que engolir goela abaixo, é da pouco conhecida ministra Dilma Rousseff (PT). Os tucanos, José Serra e Aécio Neves, por sua vez se bicam em movimentos até aqui incompreendidos na disputa interna. É notório que o nome mais forte dentro do partido é José Serra, pontua muito bem em todas as pesquisas, e, sem sombra de dúvidas foi o maior ministro da saúde que este país já teve. Eis que surge uma mulher que vem do norte, dos seringais do Acre e responde pelo nome de Marina da Silva que surpreende e aparece muito bem. Marina foi ministra do Meio Ambiente, é Senadora da República, exatamente hoje, 30 de agosto de 2009, está filiando-se ao PV, foi exonerada por Lula do ministério do meio ambiente, não tinha as luzes nem a majestade de Dilma no Palácio. Mas enquanto a chefe da Casa Civil não é simpática, não transmite nada (piorou com a plástica que deixou seu rosto sem a menor expressão), Marina Silva tem a cara do povo sofrido. É um rosto triste da seringueira das matas do Acre, das doenças que contraiu, como a malária. Da mulher que sofreu as agruras da pobreza na sua mais exata dimensão e que foi se alfabetizar aos 16 anos. Ela é séria, pouco ri e não tem mesmo razões para isso, já que a sua vida é marcada pelo sofrimento. As próximas eleições prometem, tanto aqui na Bahia quanto na imensidão do Brasil.
domingo, 30 de agosto de 2009
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