A campanha Eleitoral 2008 passou, e, hoje, aquilo que podemos denominar surrealismo ficou para trás e o que era impossível ou incógnito chega cada dia mais perto da realidade. Os impossíveis e/ou improváveis malefícios do período eleitoral saem contundentemente da cartola, ou melhor, da coroa, numa realidade nua e crua. Agora vale tudo... “Eu tenho a força”.
É imposto escorchante para cá e aumento de salários para lá. Os sectários do alcaide são subdivididos em grupos: 1º escalão, 2º escalão (seletos) e 3º escalão (sobejos)... Uma farra só. E de lá da miséria, da fome, do desemprego ou até do além, aquele simples eleitor grita: - E eu meu rei?
É imposto escorchante para cá e aumento de salários para lá. Os sectários do alcaide são subdivididos em grupos: 1º escalão, 2º escalão (seletos) e 3º escalão (sobejos)... Uma farra só. E de lá da miséria, da fome, do desemprego ou até do além, aquele simples eleitor grita: - E eu meu rei?
Os ex-aguerridos, ex-desbravadores “militantes” guardaram suas bandeiras, colocaram as vestes no guarda-roupa, não tem visitas, caminhadas, carreatas, comícios e nem comitês. Aquelas visitas nas comunidades pobres são substituídas pelo glamour, por grandes eventos de muita pompa, no entanto restritos, por um ganho pessoal a cada mês, por comidas finas, viagens, casas e carros novos, restaurantes e muito uísque importado... E a ideologia? Era fisiologismo mesmo.
Hoje eles estão mais quietos, não demonstram tanto suas fúrias nos debates reais ou virtuais, não precisam mais desqualificar tanto os opositores. Hoje não argumentam tanto, fugiram, pois estão muitos expostos, são vitrines. Mas às vezes ecoa no centro do cinismo da bajulação ridícula que tudo está a mil maravilhas. A subserviência em troca de mais poder ou até migalhas.
Na realidade atual oportunizam daquilo que antagonizaram, em outras palavras, agora pode tudo, como diz o ditado: “Em terra de cego quem tem olho é rei”. A transparência foi trocada pela truculência e a discrepância. São empregos para filhinhos, sobrinhos, genrinhos, esposas ou companheiras, irmãos, marido, a linha de frente toda... E os simples mortais? Até que têm alguns por lá, mas nas periféricas. O dinheiro público se torna o alvo predileto, o poder embebe, envaidece e enlouquece. E os Servidores Públicos? Primordiais no passado agora são desafetos.
Seus ganhos pessoais transcendem os coletivos. O que vale agora? “É farinha pouca, meu pirão primeiro”... Os programas minhas casas, meus carros, minha vida melhor a cada dia já vigoram desde janeiro em alguns dos escalões.
Hoje, após cinco anos, vale a pena até brincar com a secular Mata de Cazuzinha, o pulmão da cidade, que agoniza diante do tempo, paliativo que pode durar até o próximo pleito, pois aquilo que começou durante o processo eleitoral próximo passado se arrasta na margem da mínima ou da quase nenhuma austeridade com o erário. Os dez leitos de UTI ficam para depois... É melhor alfabetizar idosos do que investir no ensino médio... Para que gastar com prevenção na saúde pública, se realizar 1 (um) transplante de pele no tórax propaga muito mais na mídia do que salvar vidas? Também não precisa iniciar obras agora, pois as eleições ainda são no próximo ano... É muito mais fácil culpar os antecessores do que assumir as suas responsabilidades em dá transparências nos seus atos administrativos.
E as promessas e os discursos inflamados caem por terra a cada dia...
O oráculo dos plebeus prevê que o reinado tem seus dias contados.
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