terça-feira, 14 de julho de 2009

Pesar

Hoje morreu em São Paulo aos 38 anos de idade o meu grande amigo Paulo Cezar Silva Santana. Amizade que perdura há aproximadamente 20 anos sem um arranhão. Cezar me ensinou muitas coisas. Era um conselheiro. Quando se disponibilizava a fazer algo era sempre o melhor. Nos tempos de adolescência praticávamos boxe amador juntos, nesta época, apesar da pouca idade, aprendi valores ímpares, escassos na juventude de hoje, todavia, erramos muito para aprender, juntos fizemos coisas do arco da velha, entretanto o nosso boxe fundo de quintal fez fama no Brasil e no Mundo. Entre os seus pupilos estão Washington Silva e Cleiton Conceição. Cezar introduziu técnica e coragem na vida destes campeões. Sempre foi muito estudioso de uma notável perspicácia. Evangélico da Assembléia de Deus, por convicção, se notabilizou no Presbitério da Igreja, posteriormente, como bem diz os irmãos evangélicos, foi abocanhado pelo inimigo. Como Abraão teve sua fé testada e passou pelas provações. Incorruptível na fé e nas suas convicções alcançou sua vitória. Era verdadeiramente um homem de Deus, ultimamente dizia que estava no melhor momento da sua vida. Viajou para Capital Paulista na última terça-feira para Missões Evangélicas, e, hoje pela manhã, 14 de julho de 2009, teve uma morte súbita. Uma fatalidade que nos deixa consternado pela prematuridade. Como bem diz o poeta: “Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer... Devia ter me arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer...” Cezar deixa-nos lições de coragem, amizade, amor, lisura e que é possível vencer, mas é preciso perseverar. Inteligente e dotado de um extraordinário senso de humor, vai fazer muita falta neste deserto de cérebros que estamos vivendo.