Plenamente vitoriosa na reunião em que o diretório do PSB decidiu romper com o governo João Henrique, por uma larga margem de votos, a deputada federal Lídice da Mata tem um grande desafio pela frente.
É o de manter a palavra de que tocará, com aliados ainda incertos, a campanha até o fim do primeiro turno, principal argumento que usou para convencer os membros do diretório a votarem pelo rompimento.
Um pouco talvez em função do peso da responsabilidade que será assumir a candidatura, ela tenha tentado, até o último momento, encontrar uma alternativa que evitasse o confronto com o Thomé de Souza.
A idéia de fazer o prefeito recuar com relação ao PDDU, cuja aprovação desencadeou os desentendimentos com o PSB, chegou a ser proposta através de uma emissário, mas não teria encontrado a guarida esperada.
Antes de marchar para a reunião do diretório, a ex-prefeita fez ainda sondagens junto ao PT, conversando com Jonas Paulo, que disputa a presidência do PT com Marcelino Galo e defende o apoio a João Henrique no partido.
Mas o encontro mais importante de Lídice no PT ocorreria no final da tarde. Foi com o governador Jaques Wagner, a quem fez um relato sobre a situação no PSB e de quem não ouviu objeções à sua candidatura.
Na visão de socialistas que acompanharam de bom grado o pedido da ex-prefeita para que se votasse pelo rompimento com o prefeito, dada as condições difíceis para o partido de bancar sozinho a campanha, Lídice precisa de uma saída.
Seria aglutinar em torno dela as demais legendas, principalmente o PCdoB e a ala do PT que também aposta no rompimento com o prefeito e trava uma sangrenta disputa interna pela hegemonia da tese da candidatura própria.
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